Comida de Cadeia

Para promover o lançamento da serie Alcatraz, na Espanha, a agência Leo Burnett criou um delivery de comida carcerária para que as pessoas possam experimentar no aconchego de seus lares a experiência de ser um preso. Os pratos custam 2,75 € e são preparados pelo chef Bola, que tem 30 anos de experiência alimentando os presos. E óbvio, o delivery

Sobre a incrível, e amadora, arte de viajar – Daniel Piza


Todo bom viajante é um chutador de pedrinhas imaginárias.
É com olhos livres e sapatos gastos que se faz uma viagem marcante.
Não basta visitar os lugares manjados e comer os pratos típicos; é preciso estar aberto ao novo, correr os riscos, ter a paciência de não sair catalogando o que vê como “maravilhoso” ou “decepcionante” e nada mais.
O bom de viajar não é nem ir nem voltar, é poder ir. É saber que se é livre para escolher entre tantas alternativas, mesmo que se escolha mal ou se prefira “viajar à roda do quarto”.
Se viajar é uma arte, como disse Alain de Botton, somos todos amadores nela.
Daniel Piza, jornalista do grupo Estado desde 1991, escrevia sobre praticamente tudo. Desde viagem, cotidiano, cultura, política, urbanismo e até futebol! Um máximo acompanhar a Copa por ele! Seus textos (que você pode ler no seu blog), mostram o quanto era inteligente, bem humorado e absolutamente critico com o mundo em que vivemos – como não ser?
Os trechos colocados acima são do meu texto favorito dele: “A amadora arte de viajar”, de 28/01/2008. Gostei tanto que publiquei no blog e continuo relendo sempre, como fonte de inspiração e informação (quem ainda não tem o livro “A arte de viajar”, de Alain de Botton, que ele cita, corre para a livraria ou site mais perto e compre – Bibliografia obrigatória para qualquer pessoa que se diga viajante). O artigo é genial e está por completo aqui: http://www.blogvambora.com.br/?p=845
No último dia 30/12/2012, vitima de um AVC fulminante, Daniel Piza faleceu aos 41 anos, deixando família, amigos, esposa e filhos. Uma tristeza gigante para todos, incluindo seus leitores.
Muito triste ver alguém tão novo e tão inteligente ir assim. Ainda bem que seu trabalho excepcional ainda vai existir, seja já publicado no papel, seja online. Esse legado, ninguém tira.
Termino aqui com um dos meus trechos favoritos e final do texto “A amadora arte de viajar”:
O único pecado que um viajante pode cometer é ficar parado.
Tire “viajante” e coloque “você”, “alguém”, “ser humano” que ainda fará todo sentido. Vambora?…
* Blog de Daniel Piza no Estadão: http://blogs.estadao.com.br/daniel-piza/